
Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC
Felipe Anderson é o novo camisa 10 do Santos. Pelo menos enquanto Ganso está fora
A vida de coringa está com os dias contados. No alto dos seus 19 anos, Felipe Anderson, do Santos, se vê numa encruzilhada: jogar na armação ou no ataque?
Desde que subiu ao escalão de cima do Peixe, em 2010, Felipe Anderson variou entre o meio e a dianteira. Com a ausência de Ganso, que serve a seleção olímpica, o garoto assumiu a responsabilidade de pensar as jogadas ofensivas da equipe. Vestindo a camisa 10, oscilou bastante, o que, inclusive, gerou reclamações por parte de Muricy Ramalho. Mais à frente, peca na finalização, atributo que o próprio jogador admite se esforçar para aprimorar.
Fato é que a indefinição sobre o posicionamento em campo já parece incomodar Felipe Anderson. Em entrevista à PLACAR, o novo prodígio do Santos sinaliza onde deve fincar bandeira. Fala, entre outras coisas, sobre as broncas de Muricy, que lhe cobra uma maior efetividade em campo, os ídolos no futebol, os pontos falhos em seu jogo e, por fim, deixa um recado para a torcida santista: “Quero ficar por muito tempo no Santos”.
Qual é o peso de assumir a camisa 10 do Santos, ainda que seja temporariamente?
É um sonho vestir a 10. É uma camisa que representa muito para o futebol brasileiro e mundial. Estou preparado.
Acredita que o Ganso retorna após a disputa dos Jogos Olímpicos?
A gente espera por ele. Precisamos muito do Ganso.
Você se vê jogando mais centralizado, como o Ganso, ou mais avançado, como o Neymar?
Está na hora de me definir: se vou criar ou se vou partir para cima. Às vezes, me saio bem na meia; outras vezes, nas beiradas, mais avançado. Gosto de chegar de trás. Centralizado, tenho mais chances de chutar. É a primeira vez que tenho uma sequência nos profissionais. Já são seis jogos como titular. Isso tem me dado mais confiança.
Então, está mais para Ganso?
Sim, estou mais para Ganso.
O Muricy diz que você é muito inconstante. Como lida com essas advertências?
Vejo como conselho. Ele (Muricy) sempre me dá oportunidade. Está na hora de corrigir (as falhas), de mostrar o que aprendi.
Seu futebol melhorou após essas broncas?
Melhorou a confiança. Estou mais participativo, não perco tantas bolas. Ele pede que eu me aproxime da área, que chute mais. Respeito muito o Muricy. Ele faz isso pelo meu bem.
Em dois anos como profissional, você marcou apenas cinco gols pelo Santos. Onde acha que deve melhorar para passar a ser mais artilheiro?
Preciso ficar mais próximo da área. meu pai sempre grava os meus jogos e depois assistimos juntos para ver o que eu preciso melhorar. Contra o Vasco (na 12ª rodada do Brasileiro), eu finalizei bem mais.
Sonha em jogar no exterior ou pretende seguir os passos do Neymar, que firmou um contrato longo com o Santos?
Meu sonho é permanecer no Santos. Quero arrebentar aqui e, só depois, ir para a Europa. Desde que subi (para os profissionais), passei a me apaixonar pelo Santos. Quero virar ídolo.
Você tem algum jogador como fonte de inspiração?
Me inspiro em Neymar, Ganso e Iniesta. O Neymar me surpreende pelo drible e a velocidade; o Ganso, pela visão de jogo e a finalização, e o Iniesta pela condução de bola.
Qual é a principal dificuldade do Santos para deslanchar no Campeonato Brasileiro?
Precisamos de duas, três vitórias seguidas para subir na tabela (Nota da Redação: H0je o Santos é o 16º colocado do Brasileirão, com 13 pontos). O problema é que não temos saído na frente (do placar) e isso dificulta muito. Mas estamos lutando. Sentimos muito a saída de Neymar, Ganso e Rafael. Quando eles voltarem, subiremos de produção.
FONTE PLACAR
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