Na temporada mais quente do ano, você sua mais, nada mais, aproveita a natureza de perto – anda descalço, deita na areia e na grama. Entregue-se mesmo à curtição, mas cuidado com vilões camuflados nela: fungos. “Em meio a calor e umidade, a pele vira local para fungos se proliferarem e causarem micose”, afirma Meire Parada Brasil, dermatologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Saiba mais sobre a doença e livre-se dessa.
Micoses mais comuns
Pitiríase versicolor (ou pano branco): Manchas em geral brancas que surgem quando você toma sol – fungo não bronzeia. “Esse tipo de fungo vive na pele e se manifesta em quem tem predisposição”, explica Claudemir Roberto Aguiar, dermatologista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Cremes oleosos e baixa imunidade incentivam essa micose, que pode coçar. Não é contagiosa.
Dermatócitos: Frieiras, descamações e manchas vermelhas em pés, couro cabeludo, virilha e axilas – que podem coçar. O fungo causador vive em todo lugar – areia, carpete, pelo de animais. Você pega se sua imunidade estiver ruim e tocar nele. É contagioso.
9 truques antimicose
- Enxugue bem axilas, pés, virilha e seu amigão: o secador da garota (prefira o módulo “ar frio”) e o papel-toalha são melhores que toalha comum.
- Não divida sabonete e toalha.
- Aposte em tecidos 100% algodão ou dri-fit: deixam a pele, mesmo suada, respirar legal – ao contrário de panos sintéticos.
- Ao tirar o tênis ou o sapato, ponha-o no sol. E use outro par no dia seguinte.
- Na praia ou na grama, deite sobre canga, esteira ou toalha.
- Lave com água e sabão a canga em que você e ela deitaram – só deixá-la estendida durante a noite não lima fungos.
- Se não tiver problemas dermatológicos, use sabonetes bactericidas ou com enxofre nesta época.
- Fique de chinelo em quiosques, banheiros (da pousada, da academia etc.) e na rua, mesmo a de terra.
- Ao chegar da praia ou do clube, ponha uma sunga seca.
Dê fim à picada!
Taturana, aranha, cobra, escorpião: o que fazer, e o que não fazer, se for atacado por um desses bichos – acidentes assim rolam mais no verão
80% dos acidentes com animais peçonhentos acontecem no verão, segundo o Ministério da Saúde.  “No calor chove mais, e os animais se protegem em casas”, explica Marcelo Bellini Lucas, biólogo do Instituto Butantan, em São Paulo.
O que fazer Lave o local da picada com água corrente e sabão. “Tome água para ficar hidratado e calmo”, afirma Giuseppe Puorto, biólogo e diretor do Museu Biológico do Butantan. Para amenizar a dor enquanto voa ao médico: compressa de água morna.
O que não fazer “Estancar a picada ou fazer torniquetes: pode necrosar a região”, diz Lucas. Cortar o local a fim de tirar o veneno: hemorragia pode piorar. Pôr açúcar ou gelo: não serve para nada. Chupar o veneno: bactérias da boca vão ao machucado.
Disque ajuda  Em caso de acidente com animais peçonhentos, ligue para o Instituto Butantan (11/3726-7962, butantan.gov.br),  que indica o local mais próximo para atendimento especializado – sim, no Brasil inteiro. O serviço é 24 horas.

Matéria publicada na revista Men’s Health de fevereiro de 2012.