Baseado nisso, lembre-se que ninguém pode definir se você fica ou deixa uma empresa a não ser você.
Quando você participa de um processo seletivo, muita gente é envolvida e investe tempo (e muitas vezes dinheiro) para chegar ao ponto de lhe fazer uma proposta de emprego:
1) Headhunters investem tempo em entrevistas e acompanhamento do seu processo. E este tempo geralmente só é remunerado pelas empresas se e quando a posição é fechada;
2) As área de RH investem tempo em entrevista e na elaboração de Pareceres Internos sobre suas qualificações e suas motivações no processo. A ára de RH se compromete internamente quando faz sua indicação como finalista;
3) Executivos requisitantes investem tempo nas entrevistas com você além de fornecer diversas informações sobre o futuro da área e da empresa, mesmo que ainda você não tenha aceitado nenhuma proposta;
4) A área de Remuneração se envolve na elaboração da Proposta de Emprego, validando salário, posição hierárquica, benefícios e outros detalhes.
Por isto, antes de embarcar em um processo seletivo, pense se você de fato quer deixar sua empresa. Há dois textos bacanas que podem lhe ajudar se você anda não está certo se é a hora de mudar (01 e 02).
Se você decidiu deixar sua empresa mesmo, saiba extamente o que você quer como moeda de troca para deixar seu emprego: salário maior? Equipe maior? Exposição internacional? Projeto de start up? Possibilidade de ascenção mais rápida na carreira? Maior qualidade de vida? Menor carga horária?
Monte uma lista dos requisitos que (sozinhos ou combinados) fariam você deixar seu emprego atual e lembre-se de questionar os entrevistadores sobre cada um dos aspectos listados e deixar claro para eles quais, são os valores que fariam você se movimentar. Esta transparência é essencial! Não deixe para falar das suas reais motivações apenas depois de receber a proposta.
Você pode pensar: “se eu falar tudo, eles não me escolherão como candidato e não receberei a proposta”. Isto pode ser verdade. Mas de nada adianta você ser o escolhido e receber uma proposta que não vai aceitar.
Chegou a hora: proposta em mãos! Volte à sua lista e veja se a proposta recebida atende ao que realmente você queria antes de receber a proposta.
Muitos candidatos pensam que as empresas sempre fazem uma proposta abaixo do que podem oferecer, mas isto não é a verdade sempre. Por isto, saiba negociar sua proposta e entender os limites da empresa.
Se tudo o que você queria para sair da empresa atual foi atendido, não parece lógico tentar conseguir vantagens na empresa que você desde o início quis deixar, certo?
Por isto que as contra-propostas tendem a ser muito mal vistas pelo mercado; entende-se que todos os pontos da proposta foram validados e pensados ao longo do processo seletivo e que a proposta é uma mera formalização do que já foi dito e reafirmado durante todo o processo.
A facilidade de oferecer uma contra-proposta por parte das empresa, é porque para muitas delas, perder o funcionário gera um alto custo no curto prazo; por esta razão muitas delas se valem de contra-proposta que será menos custosa do que a saída do funcionário (pelo menos no curto-prazo).
O que geralmente acontece é que as contra-propostas (muita vezes com vantagens financeiras) não resolvem os problemas que fizeram com que o profissional pensasse em deixar a empresa inicialmente.
Por isto, pode ser comum que headhunters e os executivos da empresa que lhe ofereceram a proposta não fiquem felizes com o envenrtual aceite de uma contra-proposta se tudo o que você pediu como termos para um aceite foram atendidos. Pode soar como uma atitude mercenária.
Sua carreira e seu nome no mercado é um ativo ao qual só cabe você cuidar. Suas atitudes e seu histórico como profissional marcarão sua trajetória, positiva e negativamente; e isto poderá ter reflexos em sua carreira no futuro.
Por isto, aceitar ou não uma contra-proposta é uma resposta que só você poderá dar. Porque também é só você que receberá os ônus e bônus desta decisão.
BOA SORTE!!
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